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O que é escoliose?

Escoliose é o nome dado ao desvio lateral da coluna vertebral. Pode ocorrer na região torácica ou na lombar, para a direita ou para a esquerda, quase sempre acompanhada da rotação das vértebras (elas “torcem”, giram no próprio eixo). Escolioses funcionais, ligadas à má postura, são reversíveis com exercícios, fisioterapia e outros métodos de reabilitação.

As escolioses estruturadas, são curvas rígidas e não reversíveis, sendo patologia que frequenta consultório dos Ortopedistas com Área de Atuação em Cirurgia de Coluna. Podem resultar de doenças neurológicas, neuro-musculares ou são ditas “idiopáticas”, sem causa conhecida. Essas últimas são as mais comuns, ou seja, ocorrem em adolescentes saudáveis.

As curvas podem aparecer na infância, mas a maioria é detectada na adolescência, a partir dos 10 anos. Estudos indicam que atingem entre 6% e 15% da população, sendo grande maioria meninas (constituem até 90% dos casos). Alterações hormonais da puberdade parecem atuar também como causa, explicando o acometimento comum no segundo estirão de crescimento. O fato é que o desvio aparece por volta de 10, 12 anos e progride rapidamente. Há casos em que o ângulo da curvatura aumenta 1 grau por mês. O mais comum é que não ultrapasse os 20 graus. Até esse patamar, os médicos indicam apenas fisioterapia para o fortalecimento dos músculos e acompanhamento rotineiro, com radiografias. O jovem não sente dores e em geral não tem problemas na vida adulta. Somente quando os 20 graus são ultrapassados indica-se o uso de coletes. Há três tipos, basicamente: o de Milwalkee, que vai do quadril até o pescoço; o de Boston, do quadril ao tórax; e a órtese tóraco-lombo-sacra (OTLS), que sobe até pouco acima da cintura, mais voltada para desvios exclusivamente lombares.

Os coletes devem ser usados 23 horas por dia, reservando-se apenas 1 hora para a higiene e/ou prática de atividade física. Eles não fazem a coluna voltar à posição normal, mas ajudam a conter o agravamento do desvio. Caso a curva não seja contida com o colete, e atinja o ângulo de 40o, a cirurgia já pode ser indicada. Na cirurgia da escoliose, com o uso de hastes, ganchos e parafusos, o cirurgião aumenta ou diminui o espaço entre as vértebras, corrigindo a sua posição. Não é uma operação simples, principalmente quando a curva é muito acentuada. Apesar do cuidado extremo dos médicos e da existência de equipamentos que ajudam a manter as condições do paciente sob controle, há risco de paralisia, caso a medula seja comprometida. Além disso, é preciso considerar que a cirurgia elimina os movimentos da região alterada, uma vez que as vértebras são fixadas na nova posição. Por todos esses motivos, é uma alternativa reservada às situações realmente graves. E nesses casos, diga-se, pode resultar em melhoras significativas.

Apesar da extensão e seriedade da cirurgia, atualmente contamos com recursos que diminuem a morbidade desta e aumentam a sua segurança. A monitoração da medula no intra-operatório é fundamental para trazer segurança na inserção dos implantes e na correção das deformidades, uma vez que as funções da medula são verificadas com o paciente inconsciente, anestesiado. Para isso é necessária toda uma programação distinta da anestesia, sem uso de gases que inibem as respostas medulares medidas nos aparelhos. Portanto, é necessário treinamento e claro entendimento das equipes de cirurgia, anestesia e terapia intensiva.

Outros recursos disponíveis na cirurgia de escoliose envolvem a auto-transfusão de sangue no intra-operatório, onde por meio de uma máquina chamada “Cell Saver”, o sangue aspirado do campo cirúrgico não se perde, ele passa por vários filtros para retirar impurezas e é transfundido novamente para o próprio paciente. Em alguns casos, bem conduzidos, apesar do tamanho da cirurgia, a transfusão de sangue pode ser evitada.

Imagem: Freepick

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